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Diagnóstico diferencial das hepatites virais

As hepatites se confundem com uma série de patologias que apresentam manifestações clínicas semelhantes, sejam infecciosas ou não. O perfil epidemiológico da macrorregião e a sazonalidade devem orientar na suspeita do diagnóstico. No período prodrômico, os principais diagnósticos diferenciais são:
  • Mononucleose infecciosa (Epstein-Barr);
  • Toxoplasmose;
  • Citomegalovírus;
  • Dengue;
  • Febre hemorrágica.
Nessas patologias, quando há aumento das aminotransferases, em geral, são abaixo de 500 UI.
Os principais diagnósticos diferenciais nas doenças transmissíveis são:
  • Leptospirose: as aminotransferases raramente ultrapassam 100 UI, e a hiperbilirrubinemia decorre do aumento da fração direta. Avaliação epidemiológica (antecedentes de exposição);
  • Malária grave: aminotransferases em geral não excedem 200 UI, a icterícia é discreta e há em geral predomínio de bilirrubina indireta. Avaliação de exposição;
  • Febre Amarela: a forma grave é acompanhada de icterícia, além de sangramento e aminotransferases altas;
  • Ricketisiose;
  • Sífilis secundária;
  • Brucelose e outras.
Outros diagnósticos diferenciais das hepatites nas doenças não-transmissíveis:
  • Hepatite aguda por substâncias tóxicas (álcool, solventes químicos, etc.);
  • Hepatite medicamentosa (paracetamol, rifampicina, isoniazida, etc.);
  • Icterícias hemolíticas (anemia falciforme, talassemia, anemia esferocítica constitucional – em todas ocorre predomínio de bilirrubina indireta);
  • Colestase reacional;
  • Síndrome de Gilbert;
  • Septicemia.
Nos casos de hepatite aguda deve-se avaliar faixa etária, história pregressa de outros quadros similares, fatores de risco como exposição domiciliar, prática sexual e uso de drogas injetáveis ou inaladas, para auxiliar na suspeita diagnóstica e na solicitação de exames laboratoriais.